No feminino!

Se há sentimento que me dá a volta ao estômago é a inveja. E o povinho é muito dado a ela. 
Sinto imensa vergonha quando me apercebo que muitas são as pessoas, que mais não fazem na vida senão invejar a vida alheia, falar mal dos outros, simplesmente porque sim, criticar tudo e todos, sem fazer nada para mudar a própria vida, da qual se sentem tão injustiçados por ter.
A última polémica, no que às invejas diz respeito, é o desfile da Jessica Athayde, para a CIA Marítima, nesta edição da Moda Lisboa. 
Aos meus olhos a Jessica é da atrizes contemporâneas mais talentosas, tem um corpaço, um estilo de vida super saudável, nunca anda envolvida em polémicas, sendo super discreta, no que à sua vida pessoal diz respeito. 
Claro que, quando desfilou na edição deste ano da moda Lisboa, foi alvo das maiores críticas, e infelizmente, e essa é uma das razões que me levou a escrever este post, a grande maioria das críticas foram feitas por mulheres. 
Como é que é possível, que nos dias de hoje, as mulheres ainda não tenham aprendido nada? Como é que continuam a ser tão mesquinhas e invejosas e não se unem para defender o seu género? 
Felizmente para mim, eu não sofro de mal de inveja, muito pelo contrário, e quem vai seguindo este blog, pode constatar como reconheço e valorizo o sucesso, especialmente das mulheres. Posts sobre Sara Sampaio, Gisele Bundchen, Emma Watson, entre outras, já foram feitos aqui em jeito de homenagem. E não pensem que só reconheço mulheres figuras publicas. No meu dia a dia, fico genuinamente feliz, com o sucesso dos que me são próximos, sejam homens ou mulheres.
Confesso que não consigo entender o porque de as mulheres caírem na fácil tentação de criticar a sua semelhante, esquecendo que com isso estão a enfraquecer a nossa imagem, a reduzir à insignificância a nossa condição feminina, deixando as mulheres, no geral, numa condição mais frágil, mais vulnerável, muito mais sujeitas a criticas, mais inseguras, desprotegidas, alvo fácil de desordens alimentares e más percepções de imagem. 
Eu sou uma mulher muito segura, fiz um enorme esforço para chegar aqui, e tenho a certeza que a Jessica Athayde também o é. No entanto, assustam-me as repercussões que, estes actos de violência, podem causar na vida de uma mulher menos preparada, com fraca percepção do seu eu, que claramente, pode não ter estrutura para estas avassaladoras críticas à sua imagem, à sua inteligência ou à sua vida.
Algo precisa mudar e, compete-nos a todas nós mulheres, nos unirmos pela mudança de atitude. 
Já basta a desigualdade entre sexos a que continuamos a ser sujeitas. 
Se entre nós não há igualdade, reconhecimento, felicidade pelo sucesso, como pretendemos ser levadas a sério na luta pela igualdade de pares?
Definitivamente temos que trabalhar nesse sentido, temos que nos defender e proteger para que o mundo, tenha uma percentagem cada vez maior, de mulheres confiantes, seguras, pró-activas, inteligentes, justas, que reconhecem a sua força e que impõe à sociedade uma maior clarividência, criatividade, sentido estético até.
Compete-nos a todas nós passar a mensagem, às nossas amigas, às nossas irmãs, entre mães e filhas, a todas as mulheres com que nos cruzamos. Cabe-nos, a todas nós, passar a palavra sobre a importância de valorizarmos as mulheres no geral, de nos reforçarmos positivamente, e incentivarmos o espírito de entre ajuda e de companheirismo. 
Todas juntas, nós conseguimos!


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