Desabafos # 4

2013 foi o ano tsunami da minha vida, ventos fortes, mar agitado, um lugar que submerge, um eu devastado...
Para 2014 pedi-me uma nova vida, comprometi-me a ser melhor, a comer melhor, fazer mais exercício, ver-me livre de vícios desnecessários,  a passar mais tempo útil e prazeroso comigo e com as pessoas de quem gosto, prometi a mim mesma que seria mais feliz. Descobri que a felicidade está, predominantemente, nos pequenos detalhes da vida e que num exercício contínuo é fácil ser denominador comum no nosso dia-a-dia, por muito veloz e preenchido que este seja.
Claro, exige esforço! Contudo, está mesmo ao nosso alcance e, raras são as vezes, em que não está verdadeiramente só dependente de nós.
Passaram oito meses e o meu balanço não podia ser mais positivo. 
Sou genuinamente feliz!
Contudo, não vou negar, chegar aqui foi um calvário. Exigiu dedicação, desapego, cortar amarras, chorar muito, gritar ainda mais, afastar-me, ter picos de irritabiliadade, construir, descontruir, reconstruir. Um trabalho diário e contínuo, umas vezes para um lado, para o outro... pára! troca, volta atrás, recomeça... na busca de um lugar melhor para mim. Ainda não acabou...está mesmo longe de isso acontecer. No entanto, sinto que tenho agora reunidas as condições necessárias para verdadeiramente me encontrar, me conhecer... para viver comigo de forma sólida, sustentada, feliz.
A única pedra no sapato, são mesmo as pessoas que magoamos no caminho que temos que percorrer. Quis fazer o meu sozinha, precisava desse distanciamento, de me centrar mais em mim, de me concentrar nas minhas escolhas para encontrar o caminho certo que, desta vez, ia ser verdadeiramente só meu, sem influências de ninguém. E por isso, afastei-me, fugi, nem sempre quis estar aqui, fui mais fria, respondi torto, não existi... Os meios justificavam o fim. Agora é tempo para pedir desculpa...à mãe, à mana, ao pai,...a alguns amigos. Todos apanhados meio desprevenidos na minha viagem e que acabaram por sofrer os efeitos secundários e todos os danos colaterais da minha catarse.
Regressei melhor. Menos aflita, menos comprometida, mais serena, mais determinada...a ser melhor, a fazer melhor, a viver feliz.










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